Ex-ateu e filósofo britânico anuncia sua conversão após quase três décadas

  • 15/10/2024

Philip Goff, um filósofo britânico, surpreendeu o mundo acadêmico ao anunciar sua recente conversão. Professor universitário e autor de vários livros no campo da Filosofia da Mente, Goff passou quase três décadas como ateu, posicionando-se como um crítico da . No entanto, sua trajetória mudou radicalmente quando ele anunciou sua adesão à Igreja Anglicana, um movimento que ele descreve como resultado de um processo intelectual e espiritual profundo.

Do ateísmo ao cristianismo

Goff foi criado no seio da Igreja Católica, mas ainda na adolescência recusou a confirmação, afastando-se da religião e assumindo uma postura ateísta que duraria quase trinta anos. Durante esse período, ele frequentemente argumentava que não havia evidências convincentes da existência de Deus. Contudo, em uma reviravolta inesperada, o filósofo revelou recentemente sua mudança de visão, algo que ele não esperava. “Eu nunca pensei que me tornaria cristão”, confessou em uma entrevista com Cameron Bertuzzi, do canal Capturing Christianity.

Ele se converteu à Igreja Anglicana e, apesar de se alinhar com teologias mais liberais, Goff não tem dúvidas sobre a existência histórica de Jesus Cristo. Para ele, há algo único na figura de Cristo, que ele descreve como uma manifestação de Deus encarnado. “Em algum sentido, Jesus era Deus em forma humana. Existe algo profundamente significativo em sua existência e crucificação”, afirmou o filósofo.

A jornada intelectual que levou à fé

O ponto de virada na vida espiritual de Goff aconteceu há cerca de seis anos, quando foi convidado pela Universidade de Durham, onde leciona, a ministrar a disciplina de Filosofia da Religião. Para preparar o curso, ele mergulhou nos argumentos teológicos e filosóficos a favor da existência de Deus, o que acabou mudando sua perspectiva. “Eu me peguei pensando que esses argumentos eram muito mais convincentes do que eu imaginava inicialmente”, revelou.

Dois argumentos, em particular, desempenharam papéis fundamentais na conversão de Goff. O primeiro é o conceito de ajuste fino do universo, que sugere que as condições necessárias para a existência da vida são incrivelmente precisas, o que, para Goff, é melhor explicado pela existência de um Criador. “Esta é uma descoberta recente: muitos dos números na física são incrivelmente improváveis e estão precisamente ajustados para permitir a vida”, explicou o filósofo.

O segundo ponto decisivo foi o argumento sobre a consciência humana. Embora Goff aceite a teoria da evolução, ele acredita que o processo evolutivo, por si só, não explica adequadamente por que os seres humanos possuem consciência. Ele argumenta que, se a adaptação para a sobrevivência fosse o único critério relevante, a seleção natural teria produzido apenas organismos funcionais, como máquinas de sobrevivência, sem necessidade de experiência consciente. “É difícil entender por que a seleção natural teria a motivação de nos proporcionar consciência”, disse.

Mudança na vida pessoal e influência no meio acadêmico

A conversão de Philip Goff também trouxe mudanças práticas em sua vida cotidiana. O filósofo agora frequenta a igreja e mantém uma prática diária de oração, algo impensável para ele em sua época de ateísmo. Sua história lembra a conversão de C.S. Lewis, também um acadêmico e ex-ateu britânico que se tornou um dos mais influentes apologistas cristãos do século XX. Embora a teologia de Goff apresente diferenças em relação às correntes mais ortodoxas do Cristianismo, sua conversão tem repercutido entre intelectuais e estudiosos.

Goff, que é autor de quatro livros, incluindo O Erro de Galileu: Bases para uma Nova Ciência da Consciência, sempre sustentou uma visão crítica da religião. Sua obra explora os limites da ciência e o papel da consciência na natureza. O anúncio público de sua conversão gerou uma grande repercussão, tanto no meio acadêmico quanto entre os pensadores cristãos. Com quase 2.500 citações acadêmicas, ele é considerado uma figura de destaque na Filosofia da Mente e, agora, começa a ser visto também como uma voz importante no diálogo entre fé e ciência.

Para o filósofo, sua nova fé faz sentido tanto intelectual quanto espiritualmente. Ele descreveu sua jornada para o Cristianismo como uma maturação de seu pensamento. “Depois de muito tempo lendo e conversando com diferentes tipos de pensadores cristãos, eu descobri uma forma de Cristianismo que ressoa profundamente em mim”, afirmou.

Segundo a Gazeta do Povo, embora sua visão do Cristianismo tenha nuances diferentes das tradicionais, a conversão de Goff marca uma mudança significativa em sua vida e carreira, destacando o impacto da filosofia e da reflexão intelectual no caminho para a fé.

Com informações da Publicação: "Ex-ateu e filósofo britânico anuncia sua conversão após quase três décadas" disponível em NT Gospel.

FONTE: https://ntgospel.com/musica-gospel/ex-ateu-e-filosofo-britanico-anuncia-sua-conversao-apos-quase-tres-decadas


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